Veja como chegar à velhice com saúde

O cérebro precisa de estímulos para envelhecer bem. A alimentação tem que ser saudável, rica em fibras, óleos vegetais, frutas e legumes.

A repórter Tatiana Nascimento mostra o que fazer para chegar muito bem obrigado à velhice. Neste grupo, as pessoas têm entre 68 e 73 anos. Uma vez por semana, se reúnem para falar inglês. 
“Sempre estar aprendendo, acho isso muito importante. E nunca deixar de ter interesse”, diz Maria Helena Vilela, advogada. Aqui o importante é exercitar a mente. “Você não pode ficar em casa, sentado olhando pras paredes, também não dá pra ler dez livros ao mesmo tempo. Então, eu preciso de outra atividade, de preferência fora, que me obrigue a sacudir o esqueleto, e os neurônios, e ao mesmo tempo seja prazeroso”, diz Antonio Vieira da Costa, engenheiro. 

Como qualquer outra parte do nosso corpo, o cérebro sofre desgaste com o tempo. Algumas funções ficam prejudicadas quando a gente envelhece. Mas segundo os médicos, isso não significa que o esquecimento e a perda de memória sejam normais para quem já passou dos 70 anos. 

“A pessoa tem que ficar atenta a três coisas: primeiro, se a queixa de memória perdura; em segundo lugar, se ela vem piorando ao longo do tempo; em terceiro lugar, se essa queixa começa a trazer problemas sérios pro nosso dia a dia”, diz Carlos Paixão, presidente da Sociedade de Geriatria do Rio de Janeiro. 

O cérebro precisa de estímulos para envelhecer bem. Estudos na Alemanha e nos Estados Unidos já comprovaram: os idosos que praticam regularmente atividades física, intelectual e social têm menos doenças neurológicas, ligadas à memória, como o mal de Alzheimer, do que os outros, com vida não tão ativa. 

A alimentação tem que ser saudável, rica em fibras, óleos vegetais, frutas e legumes. Estudos europeus mostram que quem come peixe pelo menos duas vezes por semana tem menos risco de doenças do cérebro. 

Segundo os especialistas, tudo isso ajuda na circulação e evita problemas cardio-vasculares, que têm relação com os distúrbios de memória. 

“Muitas pessoas, acho que se confundem. Elas querem se manter jovens, e eu acho que não é por ai. Acho que a gente tem que envelhecer bem”, diz Mariah de Paiva, dona de casa. “Vocês procurando ter a cabeça boa, uma boa saúde, tem tudo pra chegar lá, numa boa”, diz Ana Rita Kadlec, dona de casa.